terça-feira, 27 de outubro de 2009

Uma inspiração para as novelas de Manoel Carlos

- Já te conhecia de algum lugar
- É, a gente ja dividiu colchão em outras vidas
- Mas como ter uma essência tão parecida?
- Gêmeos?
- Acho que não, gêmeo sempre se opõe de alguma forma e a gente só se complementa, integra, soma.
- Seria então caso de parentesco colateral?
- Não, colateral seria um eufemismo pra tudo isso...
- Eu não esperava mais uma irmã
- Eu esperava

E pararam um pouco nas esquinas daquela cidade fria e acolhedora pensando o quão já se conheciam e se tinham, uma dentro da outra.

- Olha, esse trailer tem teu nome, tira uma foto.

E você há em mim no que sou de mais essencial, pensou a outra em resposta, sem nada dizer.

Não conseguiram dar nome às emoções nem aos laços mas a única certeza que tinham é que eles existiam fortes, de corpo, de alma, de ego e coração.
Talvez fossem muito humanas pra dar nome às emoções mas eram suficientemente irmãs para entendê-las.
Continuaram andando sem nada dizer, completas, explodindo de encantamento pelo reecontro, agora elas eram, serão, são.

Seguiram....
duas meninas caminhando em passadas idênticas e procurando a próxima hamburguesa da rua.

3 comentários:

Natália disse...

Oi, Mari.
Um dia desses tu deixaste um comentário no meu blog e eu não respondi. Desculpa a demora, cá estou.
Sim, todos os textos que estão por lá são meus.
Espero mais visitas tuas.
Um grande beijo!

Heloá disse...

Que chique tem um comentário de Natália do Persona Non Grata aqui!
kkkkkkkkkkkk
=D

Heloá disse...

Sim, e esse texto é o mais lindos de todos.

E me lembrou uma coisa: eu continuo querendo um choriço com
al-(uahuahsuahs)-para-rriu (???)

Tou pensando agora: talvez aquele tempero nem fosse tão maravilhoso assim. Talvez os gostos tenham ficado mais apurados, talvez os sentidos mais aguçados, talvez a poesia mais suave e a música mais contagiante, talvez era Montevideo. E porque a gente se reencontrou.


amoo!
=****8